70 animais silvestres são resgatados durante operação em Cocal da Estação, Norte do Piauí
17/07/2025
(Foto: Reprodução) Animais silvestres são resgatados no Norte do Piauí
70 animais silvestres foram resgatadas na quarta-feira (16), durante a Operação Canto Livre, realizada pela 2ª Companhia do Comando de Policiamento Ambiental (2ªCipa) e Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA) no povoado Gado Bravo, na zona rural de Cocal da Estação, a 266 km ao Norte de Teresina.
Segundo a 2ªCipa, a operação foi deflagrada após moradores denunciarem uma mulher, que estava mantendo os animais presos em condições precárias em sua residência. A guarnição ambiental se deslocou até o local e confirmou a situação de maus-tratos.
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Ao todo foram resgatados: um macaco-prego, um jabuti, 68 aves de diversas espécies como: tucanos, papagaios, periquitos australianos, curicas, jandaias, calopsitas, sanhaçus, rolinhas, juritis, pombas, cancões, corrupião, entre outros.
Conforme agentes do 2ªCipa, o macaco-prego estava sendo mantido em uma jaula improvisada, no qual foi necessário o auxílio de um técnico da CIPA para garantir o resgate adequado do primata. A suposta responsável pelo imóvel não estava no local durante a operação.
Os animais resgatados foram encaminhados à sede do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em Parnaíba, receberam os cuidados necessários e serão encaminhados para locais apropriados.
70 animais silvestres são resgatados durante operação em Cocal da Estação.
Manter animais silvestres em cativeiro é crime
De acordo com Major Freitas, comandante da 2ªCipa, manter animais da fauna silvestre sem autorização em cativeiro é crime ambiental previsto na Lei nº 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais) e a pena pode ser de detenção de seis meses a um ano, além de multa.
“Além do crime ambiental, a prática nesse caso já configura também o crime de maus tratos contra animais pelo fato de eles estarem presos em cativeiros. Também pela condição em que estavam, eles eram muitos e estavam em gaiolas e viveiros pequenos. Agora, a Polícia Civil prosseguirá com o inquérito e vamos entender amplitude dos crimes cometidos” afirmou o comandante.
No momento da operação, não havia ninguém no imóvel. Agora a polícia investigará qual era o destino daqueles animais.
“Provavelmente eles seriam vendidos, acreditamos nisso porque eram muitos animais da mesma espécie e estavam em condições semelhantes a de um galpão” descreve Major Freitas
*Andréa Gomes, estagiária sob a supervisão de Marina Sérvio.
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